Terça-feira, 14 de Outubro de 2008

As reformas educativas

Sempre se ouviu falar que há insucesso escolar, e como tal é necessário reformar o sistema, mas o que se verifica é que a ladaínha é sempre a mesma!

Reflexão: o que tinha a escola antiga que a de hoje não tem, e o que tem a de hoje que a antiga não tinha? E porque é que ambas falham no pressuposto de combater o insucesso escolar?

Falham porque a antiga tinha valores mas não tinha meios tecnológicos e disponibilidade de informação; falham porque a de hoje tem os meios tecnológicos e de informação, mas faltam-lhe os valores! Enquanto os engenheiros sociais e pseudo-pedagogos continuarem a decidir dos destinos educativos de outros, e que de quando em vez se outorgam de serem os arautos da mudança, tudo muda na mesma!

Porquê este ensino formatado, onde os professores são robots e os alunos máquinas? Porquê devem os professores produzir trabalho inócuo e sem sentido, se esse trabalho lhes não faz sentido, os limita e reduz, e restringe o seu espaço de sanidade mental para o exercício daquilo que melhor sabe, conduzir os alunos ao sucesso?

Porque interessa mascarar o próprio insucesso dos dirigentes, e se ninguém souber, então eles não fazem má figura!!!!!

Que fazemos nós professores? Embarcamos nesta vertiginosa loucura colectiva induzida e não optamos pela desobediência civil, na certeza de que estaremos certos e eles errados, porque a maior parte fala em surdina, mas sem coragem de abrir a boca nos locais e a quem de direito, fazendo!

Se está errado, é nosso dever público, cívico e de cidadania, desobedecer na defesa dos que o ainda não podem fazer!

Os alunos não nos perdoarão esta falha estrutural que permitimos acontecer, e que moralmente estamos responsabilizados pela morte dos ideais porque nossos pais e avós lutaram (pais e avós em sentido figurado, pois não sei se meus pais e avós o fizeram efectivamente).

Está na altura de dizer o politicamente incorrecto: avaliação não, porque os alunos são variáveis móveis e imprevisíveis! Avaliação não porque o pior professor pode ter boa nota e o melhor professor ser crucificado! Ser avaliado por pares ou outros num país de déspotas e sequiosos de manter lugares e empregos (não trabalho!), tudo farão para agradar ao sistema (que é o que se vê, desde as estruturas escolares às estruturas sindicais!).

Está na hora de inverter o sistema, devolver o destino da escola aos professores, verdadeiros líderes do sistema, e não a alunos e pais!

Chega!!!!

 


publicado por Pedro Santos às 22:06
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De Elisabete Ribeiro a 24 de Outubro de 2008 às 21:33
Amigo, lê o artigo seguinte. Se assim fossem todos estariamos bem.
http://www.profblog.org/2008/10/escola-secundria-camilo-castelo-branco.html


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